De acordo com o promotor de Justiça Valdemar Ferraz Filho, a confusão começou quando os vereadores que pertencem à base do governo eleito decidiram realizar eleição para a escolha do novo presidente da Câmara no dia 1º, desobedecendo a Lei Orgânica do município, que prevê eleição para mesa diretora no dia 2 de janeiro.
“No dia primeiro, era a sessão apenas de posse dos vereadores e do prefeito. Não existia nenhuma divulgação de eleição da Câmara. Sabendo que a gente era minoria, eles realizaram a votação. Só que isso não existe. Isso é ilegal, imoral. Aí eu não entreguei as chaves porque isso não estava legitimado”, afirma o vereador Délcio Mascarenhas. O vereador Francisco Freire negou nesta sexta-feira ao G1 que tenha havido tumulto após a escolha do novo presidnete e afirma que cabe agora à Justiça validar ou não a eleição. "Não houve tumulto, ninguém bateu em ninguém.
TUMULTO:
"Até o momento da posse não houve problema nenhum. Mas depois da posse os vereadores do prefeito eleito fizeram um requerimento de surpresa pedindo a antecipação da mesa diretora para o dia 1º. A partir daí, gerou-se um tumulto depois que o presidente interino, que estava deixando o mandato, não quis aceitar [a votação] porque a posse e a eleição não estavam planejadas para acontecer no mesmo dia", explica o promotor de Justiça Valdemar Ferraz Filho.
Após aceitar o início da votação, o presidente interino da Câmara, Délcio Mascarenhas, encerrou a sessão de posse e retirou-se do plenário com um outro vereador. "Mas o grupo fez a eleição mesmo assim. Depois, o novo presidente eleito foi pedir a chave da Câmara ao presidente interino, que não entregou. A confusão a partir daí só fez se agravar, até que as duas partes decidam entregar as chaves à polícia, que depois encaminhou ao fórum", relata o promotor.
Fonte G1
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