Santa Teresa fica um ano sem bonde
Passado um mês do acidente que matou seis pessoas e feriu mais de 50, a intervenção no sistema de bondes de Santa Teresa concluiu que é necessária uma mudança radical, com reformas das composições, das estações, dos trilhos e oficinas. Ao todo, o governo estadual vai liberar R$ 31 milhões para iniciar as modernizações.
Veja imagens do acidente.
A primeira parcela será de R$ 20 milhões, disponibilizados pelo Detro (Departamento de Transportes Rodoviários) para a Central Logística. Os R$ 11 milhões restantes só serão liberados em 2012.
A modernização inclui a troca de trilhos pelos bilabiados (para terrenos irregulares); instalação de estribos retráteis; recuperação de toda a via permanente e rede elétrica; construção de uma nova subestação; reforma das estações e de 14 bondes; e capacitação dos profissionais. A previsão é de que toda a recuperação esteja pronta em um ano. Até lá, o bairro fica sem seu tradicional meio de transporte.
Por isso, o secretário da Casa Civil, Regis Fichtner, admitiu que há um plano em conjunto com a prefeitura para diminuir o preço das passagens dos ônibus no bairro. A viagem de bonde custava 1/4 do valor cobrado nos coletivos (R$ 2,50). O governo pretende transferir o serviço para o município. Segundo Fichtner, isso facilitaria a integração tarifária e o ordenamento urbano e viário.
“Terá que ser feito praticamente tudo. É um problema de décadas de sucateamento e má gestão. Infelizmente, as coisas estavam sendo tocadas de qualquer jeito”, disse o presidente do Departamento de Transportes Rodoviários, Rogério Onofre, que terminou ontem o trabalho como interventor dos bondes de Santa Teresa.
Foi Onofre quem indicou o engenheiro Eduardo Macedo como novo presidente da Central. Ele esteve na comitiva que viajou para Lisboa em busca de soluções para o bonde do Rio se baseando nas experiências de Portugal.
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Correios chamam grevistas para negociação
A direção dos Correios chamou o comando de greve dos funcionários da empresa para uma reunião ainda nesta terça-feira, em Brasília. Em nota divulgada nesta terça-feira, a estatal promete buscar "a melhor alternativa para concluir as negociações" com os grevistas e, assim, encerrar a paralisação.
Os Correios admitem renegociar a proposta apresentada na semana passada que prevê reajuste salarial de 6,87%, aumento real linear de R$ 50 (que representa, segundo a diretoria, aumento de 13% para 60% dos trabalhadores) e abono de R$ 800.
A direção dos Correios enfatizou, na nota, que a continuidade da paralisação "prejudica quem está trabalhando, pela sobrecarga a que está exposto; a população, que não é atendida plenamente; e os grevistas, que perdem os dias parados".
Segundo a empresa, os pontos sobre os quais ainda há divergências poderão ser discutidos "com o restabelecimento da normalidade das atividades", isto é, com a volta ao trabalho dos grevistas.
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