Formação de Portinari é tema de mostra no MAM
Para chegar ao status de ícone da pintura
modernista, Cândido Portinari experimentou
bastante – chegou até a explorar a abstração, que
depois criticou por considerar uma forma de
expressão "que foge do assunto". Esse período de
formação, que foi de 1920 a 1945, é o fio condutor de
"No Ateliê de Portinari". A exposição será aberta nesta
quinta-feira no MAM–SP (Museu de Arte Moderna de São Paulo).
Em um percurso pré-estabelecido pela curadora Annateresa
Fabris, 90 obras são divididas em cinco blocos que contemplam
cada fase da busca do artista por um estilo. O primeiro é o
da Escola Nacional de Belas-Artes, onde estudou até 1929 e que lhe
deu a oportunidade de ir à Europa para ver de perto obras de
grandes mestres.
Aí predominam retratos, como o do poeta Olegário Mariano,
e paisagens, como a de "Marinha" (1927). "Um Modelo Constante"
é a segunda parte. Nela, retratos que têm sua mulher, Maria, como
inspiração colocam em evidência a liberdade estilística que remete a
Amadeo Modigliani e a Pablo Picasso (pré-cubismo).
Em seguida vem "Cenas Brasileiras", com representações de
elementos, situações e personagens de Brodowski (sua cidade natal,
no interior de SP) e do Brasil. Lá estão "Estivador" (1934) e "Domingo
no Morro" (1935), entre outras. O quarto bloco, "Projetos
Monumentais", privilegia os trabalhos murais e estudos para
obras de grandes dimensões, como os afrescos do Ministério
da Educação e Saúde (1938).
A exposição é finalizada pela vertente menos conhecida
de Portinari: a abstração. Embora ele não tenha se estendido
longamente pelo gênero, o público poderá ver ali
trabalhos como a série dos quatro elementos, de 1945.
No Ateliê de Portinari
Onde: Museu de Arte Moderna de São Paulo - Parque Ibirapuera
Av. Pedro Álvares Cabral, s/no, portão 3
Tel: (11) 5085-1300
Quando: abertura na quinta (14/7), para convidados.
Para o público, visitação de 15/7 a 11/9.
Terça a domingo, das 10h às 17h30
Quanto: R$ 5,50
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