Cidades

Com Copa, Congonhas pode ter mais voos

 

A Infraero, estatal que administra os aeroportos do país, pode ampliar o movimento de pousos e decolagens no aeroporto de Congonhas durante a Copa do Mundo de 2014. Para atender à demanda, a quantidade de chegadas e partidas, chamadas slots, passaria de 34 para até 50 por hora.

Se aprovada, a proposta vai contra regra da Anac, que, a pedido do governo estadual, limitou em 34 os slots/hora após o acidente com Airbus da TAM, em 2007, e que resultou na morte 199 pessoas.

Para o especialista em aviação e professor da UFRJ, Respício do Espírito Santo, Congonhas pode operar 50 voos por hora.

Antes do acidente, esse número chegou a 48/hora. “É preciso atestar se há capacidade para estacionamento das aeronaves. Também é preciso ampliar o número de vagas para veículos. Sou favorável que essa ampliação seja feita agora, e não só para Copa.”

Procurada, a Infraero disse que a Anac é quem regula os slots. Questionada, a agência negou a informação e disse que o caso será decido pela Infraero e pelos governos federal e estadual. A Anac também não confirmou a realização de estudos em Congonhas.

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Sem acordo, greve dos Correios continua

 

Os empregados e a direção dos Correios não chegaram nesta quarta-feira a um acordo sobre o desconto dos dias não trabalhados no contracheque dos funcionários. Com isso, a categoria mantém a greve, iniciada no último dia 14.

Em uma reunião intermediada pelo Ministério Público do Trabalho, os funcionários rejeitaram a proposta da empresa de parcelar o desconto dos dias parados.

“Os trabalhadores aceitam colocar a carga em dia, trabalhar por compensação, mas não aceitamos os descontos de dias”, diz Saul da Cruz, do comando de negociações da Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares). Na próxima terça-feira, informou, caravanas de todos os estados devem chegar a Brasília para fazer uma manifestação.

Em nota, a empresa destacou que tomou a iniciativa de retomar o diálogo com a representação sindical, que resultou em entendimento a respeito das cláusulas econômicas. Os Correios lamentam o fato de os representantes dos empregados não aceitarem o desconto dos dias parados, mesmo com a flexibilização da proposta, com o parcelamento do desconto sobre esses dias. “Os Correios conclamam os trabalhadores parados a retornar às atividades para o bem da população brasileira e da empresa”, diz o comunicado.

De acordo com a Fetect, trabalhadores dos Correios de sete estados já ganharam na Justiça o direito de não ter os dias de greve descontados do salário.


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