Ben Ali é condenado por corrupção e fraude
O ex-presidente tunisiano Zine El Abidine
Ben Ali foi condenado à revelia nesta
quinta-feira a 16 anos de prisão por corrupção
e fraude imobiliária, por dois casos de
compra e cessão de terrenos em um bairro
de luxo em Túnis, comprovou a AFP.
Sua filha Nesrine e seu genro Sakhr Materi
foram condenados a 8 e 16 anos de prisão,
respectivamente, no mesmo caso,
que remonta ao início dos anos 2000.
O ex-presidente tunisiano era acusado de
intervir pessoalmente para que seu genro
pudesse comprar e revender os dois terrenos
em questão.
No primeiro caso, relativo à compra do
terreno, Ben Ali e seus dois familiares foram
também condenados a pagar cerca de 30 milhões
de dinares (cerca de 15 milhões de euros) cada um.
Também foram condenados a pagar coletivamente
20 milhões de dinares ao Estado por
conta de perdas e danos.
No segundo caso, o deposto presidente e seu
genro foram condenados a pagar cada um
14 milhões de dinares e juntos 5 milhões em
perdas e danos. O tribunal pronunciou seu veredicto
depois de várias horas de deliberação.
Trata-se do terceiro processo à revelia contra
Ben Ali, que deixou Túnis em 14 de janeiro,
pressionado por uma revolta popular, para se
refugiar na Arábia Saudita.
O ex-presidente já foi condenado a um total
de mais de 50 anos de prisão em dois processos
anteriores, em junho e julho. Sajr al Materi
está refugiado no Qatar.
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